Museu de Arte de São Paulo: MASP, o símbolo da cultura e da arquitetura paulistana
Escrito por: Equipe INGÁ, em junho de 2025.
O Museu de Arte de São Paulo, popularmente conhecido como MASP, é uma das instituições culturais mais emblemáticas do Brasil, não apenas por seu rico acervo artístico, mas também por sua arquitetura singular. Desde sua inauguração em 1968, passou por várias fases de transformação e manutenção, mantendo-se como um marco da arquitetura e cultura em São Paulo.
A história do MASP começa com a visão do jornalista Assis Chateaubriand, que em 1947 propôs a criação de um museu de arte antiga e moderna no Brasil. Ele convidou o marchand italiano Pietro Maria Bardi para liderar o projeto devido à sua vasta experiência nas artes, principalmente na Itália. Pietro Maria Bardi, por sua vez, trouxe a arquiteta italiana Lina Bo Bardi para desenvolver a estrutura expográfica do museu, com o objetivo de proporcionar uma experiência de arte educativa e acessível.
O MASP na Avenida Paulista foi inaugurado em 1968, em um momento delicado da história brasileira, sob o regime militar. No entanto, o museu tinha a ambição de ultrapassar os limites conservadores da época e promover a cultura e a arte brasileiras. Para Lina Bo Bardi, o Brasil era um país novo, em desenvolvimento, com uma cultura em constante evolução.
Pietro e Lina Bardi, juntamente com Assis Chateaubriand, tinham a visão de criar um museu que servisse como um centro cultural catalisador das diversas correntes que promoviam a arquitetura e a arte moderna em São Paulo. Eles buscavam criar um espaço onde o público pudesse não apenas contemplar obras de arte, mas também aprender e se envolver com a cultura de forma acessível e inclusiva.
A arquitetura do MASP é um testemunho da visão de Lina Bo Bardi. Ela criou um edifício com dois volumes e uma lacuna entre eles. O espaço suspenso, que abriga as exposições, é sustentado por imponentes pórticos de concreto protendido. Com um vão livre de 74 metros, a estrutura permite a fácil circulação e adaptação das instalações, mantendo os espaços expositivos livres de obstruções.
A edificação passou por várias reformas ao longo dos anos, incluindo a adição de um terceiro subsolo e alterações nos pavimentos existentes. Além disso, a estrutura do edifício foi impermeabilizada e pintada de vermelho para preservar a estrutura de concreto. Estas transformações refletem a evolução da missão do museu, que busca promover a diversidade e a acessibilidade cultural.
Atualmente, é tombado por três diferentes órgãos de preservação do patrimônio: o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) e o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp); e continua a ser um espaço cultural ativo, marcando a identidade da cidade no coração da Avenida Paulista.
Até a próxima leitura!